Antes de me ir embora...
Esperei muito tempo para escrever este texto. Primeiro porque não tinha conhecido ninguém até hoje que gostasse tanto como eu, depois porque acho que talvez fale demasiado nesta personalidade aqui no blog. Mas afinal, isso só revela a sua importância na minha vida. E por fim, mas principalmente, porque embora sinta a sua essência cada vez que a sua voz me chega, é muito difícil passar isso para palavras, que nestes casos são sempre redutoras e nem sempre são completamente fiéis ao sentimento. Mas acho que hoje vou tentar.
Chico Buarque é um homem. Nunca, em toda a minha vida, o senti como uma estrela inalcançável como sinto todos os músicos e personalidades que admiro. Apesar de saber que nunca vou falar com ele na minha vida sinto-o como se o conhecesse há muitos anos, para lá da sua música. Isto porque o trabalho do Chico é ele mesmo, ainda que tudo seja criado. Segundo o próprio, não escreve sobre a sua vida, apenas cria. Ainda assim, as suas letras são ele. Ele é a personalidade mais completa e multifacetada que eu já conheci e, ainda assim, o seu carácter é sólido e muito bem definido. Ao mesmo tempo ele é poeta, músico, dramaturgo e escritor. É completo sim, mas não só na área profissional. É amigo e é homem, daqueles homens que todas sabemos, todas sentimos, que são puros conquistadores, sedutores incuráveis, independentemente do tempo ou da idade. E ao mesmo tempo é o único homem no mundo que percebe tão bem as mulheres como elas próprias. É capaz de nos descrever enquanto homem, mas também como se estivesse no nosso lugar, Ele conhece as coisas que só as mulheres pensam e sentem, e isso torna-o ainda mais desejável. O Chico tem a sensibilidade de uma mulher.
Foi, durante a ditadura do Brasil, talvez o artista mais reivindicativo e revolucionário. Combateu, enganou e dissimulou a censura na sua criação. Mas mesmo assim, as suas ideias são próprias. Tem a confiança necessária para não seguir nenhum rebanho, politicamente falando. É tímido, mas daquela timidez enternecedora, que não assusta, e que desaparece na altura de escrever as mais bonitas letras de todos os tempos. Fala de amor e brinca, como fala das coisas mais complicadas e sérias da vida. Há letras do Chico que magoam, de tão bonitas, outras que revoltam, entristecem ou exaltam. Há letras do Chico que apetecia vivê-las, só para sentir a emoção daqueles personagens inventados. E é isto o Chico, não deixando de ser reservado, é tão transparente que, se estivermos atentos, conseguimos desvendá-lo por completo e em troca ele fascina-nos, apaixona-nos, enamora-nos. O Chico é um criador, não só de músicas, textos, letras, mas de vida, de sonhos e de paixões. O Chico é ele mesmo, indefinível por palavras. E ainda assim, ficou tanto por dizer.
Chico Buarque é um homem. Nunca, em toda a minha vida, o senti como uma estrela inalcançável como sinto todos os músicos e personalidades que admiro. Apesar de saber que nunca vou falar com ele na minha vida sinto-o como se o conhecesse há muitos anos, para lá da sua música. Isto porque o trabalho do Chico é ele mesmo, ainda que tudo seja criado. Segundo o próprio, não escreve sobre a sua vida, apenas cria. Ainda assim, as suas letras são ele. Ele é a personalidade mais completa e multifacetada que eu já conheci e, ainda assim, o seu carácter é sólido e muito bem definido. Ao mesmo tempo ele é poeta, músico, dramaturgo e escritor. É completo sim, mas não só na área profissional. É amigo e é homem, daqueles homens que todas sabemos, todas sentimos, que são puros conquistadores, sedutores incuráveis, independentemente do tempo ou da idade. E ao mesmo tempo é o único homem no mundo que percebe tão bem as mulheres como elas próprias. É capaz de nos descrever enquanto homem, mas também como se estivesse no nosso lugar, Ele conhece as coisas que só as mulheres pensam e sentem, e isso torna-o ainda mais desejável. O Chico tem a sensibilidade de uma mulher.
Foi, durante a ditadura do Brasil, talvez o artista mais reivindicativo e revolucionário. Combateu, enganou e dissimulou a censura na sua criação. Mas mesmo assim, as suas ideias são próprias. Tem a confiança necessária para não seguir nenhum rebanho, politicamente falando. É tímido, mas daquela timidez enternecedora, que não assusta, e que desaparece na altura de escrever as mais bonitas letras de todos os tempos. Fala de amor e brinca, como fala das coisas mais complicadas e sérias da vida. Há letras do Chico que magoam, de tão bonitas, outras que revoltam, entristecem ou exaltam. Há letras do Chico que apetecia vivê-las, só para sentir a emoção daqueles personagens inventados. E é isto o Chico, não deixando de ser reservado, é tão transparente que, se estivermos atentos, conseguimos desvendá-lo por completo e em troca ele fascina-nos, apaixona-nos, enamora-nos. O Chico é um criador, não só de músicas, textos, letras, mas de vida, de sonhos e de paixões. O Chico é ele mesmo, indefinível por palavras. E ainda assim, ficou tanto por dizer.